Presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho reforçou que garantiu ao governador Mauro Mendes que irá continuar atuando pela governabilidade e aprovação das matérias de interesse do Palácio Paiaguás, mesmo que deixe o União Brasil para disputar a Prefeitura de Cuiabá em outro partido.
A garantia foi dada na manhã desta quinta-feira (8), durante reunião no gabinete do governador. O encontrou também teve a presença do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que disputa a mesma indicação de Botelho.
“Coloquei que caso ele escolha o Fábio e eu saia, vou continuar trabalhando para dar sustentação na Assembleia, para todos os projetos de interesse do estado. Todas as garantias foram dadas e é questão de pouco tempo para uma decisão”, afirmou, em conversa com a imprensa.
No encontro, Mauro pediu mais tempo para refletir e decidir sobre qual dos dois correligionários dará suas bênçãos. De acordo com Botelho, o governador tratou de diversos pontos, mas bateu especialmente na tecla de que é preciso unidade do grupo.
Conforme apurou o Olhar Direto, Mauro inicialmente apresentou a proposta de que a decisão fosse postergada até março, já que ainda não havia se decidido sobre qual nome seria lançado. Botelho respondeu que só aceitaria esperar mais, caso houvesse por parte do presidente do partido a garantia de que ele seria o escolhido. Como Mauro não pode fazer tal promessa, marcou a reunião desta quinta.
A conversa reservada entre Mauro e Botelho chegou a ter uma discussão acalorada, quando o presidente da Assembleia “jogou na cara” do governador que já espera uma definição desde setembro e que a demora já teria prejudicado seu projeto de disputar o Palácio Alencastro, uma vez que partidos que se mostraram dispostos a recebê-lo fecharam suas portas, a exemplo do PSD, do ministro Carlos Fávaro (Agricultura).
Ainda conforme apurou a reportagem, o resultado da pesquisa Percent (nº MT-06359/2024), divulgado na terça, deixou Mauro ainda mais confuso, já que Fábio foi o pré-candidato a apresentar maior crescimento, chegando a 10,8% em um dos cenários. No ano passado, o chefe da Casa Civil já havia dito que seria o pré-candidato de Mauro se chegasse em janeiro com 10% nas pesquisas.
O resultado do levantamento e a conversa com Mauro fizeram Botelho acreditar ainda mais que suas chances de disputar o Alencastro pelo União Brasil seriam mínimas, não passando de 1%.
Antes da conversa com Botelho no Paiaguás, Mauro conversou com seu líder na Assembleia, Dilmar Dal Bosco (União), e teria dito que ainda não havia uma decisão tomada. Botelho chegou na sede do Executivo por volta das 8h20 e subiu diretamente para o gabinete do governador, sem conversar com a imprensa.
Além de Botelho, Fábio e Dilmar, participaram da reunião com Mauro: Mauro Carvalho (suplente de senador) e o deputado federal Coronel Assis. Todos tiveram de desligar os celulares.
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