Murilo Henrique Araújo, assassino confesso do assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento, declarou à polícia que foi tomado pelo ódio depois que acordou de uma noitada com a vítima fazendo sexo oral nele. Ainda em depoimento à polícia, Murilo, cuja prisão preventiva já foi decretada, disse que o assessor parlamentar tentou se relacionar com o irmão dele, um menino de 15 anos.
Murilo estava na casa de Wanderley porque seu comparsa no assassinato, Richard Aguiar, mantinha um relacionamento homoafetivo com Wanderley. Segundo o que disse o irmos da vítima em depoimento à polícia, o relacionamento dos dois já durava sete anos.
Segundo depoimento de Murilo, os fatos que levaram ao homicídio do assessor teriam começado no dia 16 de fevereiro, quando ele, Richard e Wanderley fizeram ingestão de grande quantidade de bebida alcoólica. Depois da bebedeira, Murilo dormiu e teria acordado com o assessor parlamentar pegando em seu penis e fazendo sexo oral nele. Indignado, Murilo teria tentado pegar uma faca para matar Wanderley naquele momento, mas a vítima se trancou em um quarto. Richard chegou a pular a janela do quarto e obrigar Wanderley a abrir a porta, mas Murilo desistiu de atacá-lo.
No dia seguinte, a vítima teria insistido em conseguir o contato do irmão de Murilo, de 15 anos. Sabendo que Wanderley era homossexual, Murilo alegou ter ficado com raiva e deu uma gravata em Wanderley no dia 17/02. Na sequência, Richard teria pegado uma toalha com “cheiro forte de álcool” e segurado contra o rosto de Wanderley até que ele desmaiou. Depois, com um fio de carregador de celular, asfixiou o assessor parlamentar até a morte.
Logo em seguida, ainda segundo o depoimento de Murilo, os dois pegaram o carro da vítima, uma Chevrolet Traker, e desovaram o corpo na região do Cinturão Verde, no bairro Pedra 90. Além do carro, a dupla se apropriou de notebooks, um celular e cartões de crédito de Wanderley.
Murilo revelou ainda que ele, Richard e uma mulher com quem Richard se relacionava, chamada Amanda, seguiram no carro da vítima até Lucas do Rio Verde, onde Richard e Amanda ficaram hospedados em um hotel. Depois, Murilo seguiu com o Chevrolet Traker até Sinop onde abandonou o carro e pretendia chegar em Guarantã do Norte.
Murilo, porém, foi preso em Terra Nova do Norte e confessou o crime. Diante do lastro probatório inicial, que contém indícios suficientes de autoria do crime, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva pela juíza plantonista. Depois, Murilo passou por audiência de custódia que reiterou a conversão da prisão
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