As exportações brasileiras de soja em 2024 estão estimadas em 94 milhões de toneladas, uma queda em relação aos 101,86 milhões de toneladas registrados em 2023. Essa previsão, divulgada pelo quadro de oferta e demanda da Safras & Mercado, reflete os desafios enfrentados na safra devido às condições climáticas desfavoráveis, especialmente no Mato Grosso.
A projeção de esmagamento aponta para 54,3 milhões de toneladas em 2024, um aumento de 1% em relação a 2023, que registrou 53,5 milhões de toneladas. Safras & Mercado indica uma importação de 110 mil toneladas em 2024, marcando uma redução significativa em comparação com as 181 mil toneladas de 2023.
A oferta total de soja para a temporada 2024 deverá diminuir 6%, atingindo 154,492 milhões de toneladas. Enquanto isso, a demanda total está projetada em 151,3 milhões de toneladas, representando uma redução de 5% em relação ao ano anterior. Isso resultará em uma queda de 40% nos estoques finais, passando de 5,306 milhões para 3,192 milhões de toneladas.
A pressão sobre os preços internacionais da soja é resultado da ampla oferta global da oleaginosa, combinada com sinais de uma demanda mais fraca nos Estados Unidos. As condições climáticas melhoraram nas lavouras do Brasil e da Argentina, enquanto nos EUA, as previsões para a próxima temporada superaram as expectativas.
A retração nas cotações, próxima dos menores níveis desde dezembro de 2020 em Chicago, é influenciada pelas chuvas benéficas e números do USDA nos EUA, bem como pelas exportações e esmagamento abaixo do esperado no país. As condições na Argentina também mostram melhorias, mas com algumas áreas enfrentando perdas.
O cenário global e as perspectivas para a safra norte-americana foram discutidos no Fórum Anual do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Estima-se que a área plantada com soja em 2024 ocupará 87,5 milhões de acres, enquanto a produção atingirá 4,505 bilhões de bushels, com estoques finais projetados em 435 milhões de bushels. Esses números superaram as expectativas do mercado.
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) indicou um esmagamento de 185,780 milhões de bushels em janeiro, comparado a 195,328 milhões no mês anterior. As exportações norte-americanas de soja também foram reportadas, contribuindo para a análise da dinâmica global da oleaginosa.
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