O governador Mauro Mendes (União) voltou a subir o tom das críticas contra integrantes do Sintep, que nesta quarta-feira (31) realizaram ato na Semana Pedagógica, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, durante participação do chefe do Executivo estadual. Após ser atacado por gritos ininterruptos, o gestor disse que o sindicato perdeu suas principais bandeiras e deixou de representar a categoria, já que a maioria dos educadores não concorda mais com a atuação dos sindicalistas.
“A maior raiva do Sintep é que eles perderam as principais bandeiras que tinham. Tinham a bandeira de melhorar a educação e a infraestrutura, mas isso acabou. Não conseguem falar mais nada e só resta a eles tomarem esse tipo de atitude transloucada”, disse.
“Mas dá para perceber que a grande maioria não está com eles e eles não representam mais a educação de Mato Grosso. Nunca conseguiram e nunca vão conseguir enquanto eu for governador”, acrescentou.
Além dos avanços feitos pelo governo, Mauro ainda afirmou ter cortado ‘mordomias’ dos sindicalistas. “Havia doze professores à disposição do Sintep, mas a lei determina no máximo três. Eu cortei e botei na sala de aula. Aí começa a birra deles, eles mandavam na sala de aula, o Sintep controlava a distribuição e criação de turmas e isso acabou”.
“Quem manda lá é o secretário, a equipe pedagógica; existe planejamento. Estabelecemos processo seletivo, eles não colocam mais os apadrinhados para compor alguns processos. O que os deixaram irados. Fico feliz, enquanto tiver gente desse naipe sendo meu adversário significa que estou no caminho correto. Era um tempo sombrio e o sindicato só brigou por salário, usavam outras bandeiras como desculpa. Agora, não tem mais essa desculpa”, completou.
Embate
Ao chegar no Centro de Eventos do Pantanal, o gestor foi atacado por pequeno grupo de educadores, membros do Sintep, que tumultuou sua chegada e atrapalhou o início do evento. Durante discurso, no entanto, foi aplaudido por grande parte dos presentes, ao lamentar a postura dos sindicalistas.
Já no início do evento, liderado pelo secretário Allan Porto (Seduc), os sindicalistas cercaram Mauro e ficaram na beira do palco segurando cartazes cobrando valorização salarial e acusando o governo de atuar contra os profissionais e a própria educação. A mais incisiva no local era a vice-presidente do Sintep, Leiliane Borges, que já protagonizou outras confusões em eventos da secretaria.
Nem mesmo durante a oração a sindicalista deixou Mauro e Porto em paz. A todo momento gritava palavras de ordem, como “eu repudio”.
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